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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Stop de classes gramaticais

domingo, 23 de janeiro de 2011

Leitura na sala de aula

Como incentivar o hábito de leitura nos alunos?

Essa é uma questão muito discutida entre professores, principalmente para os educadores de língua portuguesa. 
Alguns professores acreditam que esse hábito deve ser desenvolvido nos pequenos, pois, quando eles chegam no fundamental II não há mais o que fazer.
Não tenho todas as respostas, mas acredito que esse hábito deva vir primeiramente dos professores. São poucos os que leem. Conheci professores que indicaram e trabalharam obras com seus alunos as quais nunca haviam lido. O professor precisa ter paixão pela leitura, ler com os alunos, discutir com eles livros que está lendo, andar sempre com livros... O professor precisa contagiar seus alunos, viciá-los, conforme diz Fanny nesse reportagem a seguir:


Para a autora Fanny Abramovich, o livro precisa ser um vício
O segredo com crianças de 7 a 9 anos, segundo a escritora, é não forçar a barra
FANNY ABRAMOVICH
Foto: Divulgação/Editora Ática


       
Mais de 40 títulos para crianças e adolescentes estão no currículo da escritora Fanny Abramovich, que também já esteve "do lado de cá" da sala de aula: ela foi professora de Educação Infantil e arte-educadora por mais de 30 anos. Seus primeiros livros instigavam professores a repensar seu papel, como em Que Raio de Professora Sou Eu (Ed. Scipione). Hoje, no entanto, é ficção o que ela mais gosta de escrever.

Como estimular a leitura entre crianças de 7 a 9 anos?
FANNY ABRAMOVICH
Contar histórias com paixão e não forçar a barra são formas de estimular a leitura. Muitos alunos meus, de 40 anos atrás, já me encontraram pela vida e ainda lembram do jeito como eu contava histórias. Eles não esquecem porque isso os marcou. Ler não pode ser hábito, tem de ser vício. E contar histórias, ler para as crianças, ajuda a "viciá-las".

Por que nessa idade histórias de terror fazem tanto sucesso? O que exatamente mobiliza o interesse delas por esse tema?
FANNY
Não acho que sejam apenas histórias de terror que interessam às crianças nessa faixa etária. Elas gostam de ler histórias engraçadas, tristes, de suspense, de comédia... O que realmente as prende é a emoção. Mas os monstros representam o medo das crianças, e talvez por isso algumas gostem tanto desse gênero literário.

A criança dos anos 1970 não é a mesma de hoje. O que mudou? O que elas liam há 30 anos? Lia-se mais naquela época?
FANNY
Boas histórias atraem as pessoas através dos tempos. Não me consta que as pessoas deixaram de gostar das histórias da Bíblia ou de fadas. E não acredito que apenas as crianças lêem menos. No sistema escolar, quem está lendo menos são os educadores. E eles influenciam bastante a leitura junto à garotada. Hoje, criam-se salas especiais de leitura, com professores especializados, cursos de mediação de leitura e mais uma série de recursos. Nesse processo, aquilo que era uma "simples gostosura" - sentar no chão e contar histórias - acaba se perdendo.

O que mais atrai em sua obra?
FANNY
Meus livros fazem sucesso porque são engraçados, não têm lição de moral e são escritos em linguagem coloquial. Mas faz apenas dez anos que escrevo para o público infantil. Antes, eu escrevia para jovens e, antes ainda, para educadores. Escrever para crianças não é fácil. É preciso ritmo e poesia, além de saber contar uma história com poucas palavras.

Essa reportagem foi tirada do site abaixo em 23/01/11:
 

domingo, 16 de janeiro de 2011

Português

Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.




Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular como um paradigma da primeira conjugação.

Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ela não tinha dúvidas: sempre achava uma jeito assindético de nos torturar com um aposto.

Casou com uma regência.

Foi infeliz.

Era possessivo como um pronome.

Ela era bitransitiva.

Tentou ir para os EUA.

Não deu.

Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.

A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conectivas e agentes da passivam o tempo todo.

Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.

Autor: Paulo Leminski
Retirado da obra: O texto na sala de aula - João Wanderley Geraldi (org.)

domingo, 2 de janeiro de 2011

Sou uma professora

SOU UMA PROFESSORA.....
SOU UMA PROFESSORA QUE PENSA...
Pensa em sair correndo toda vez que é convocado para uma reunião, que
certamente o responsabilizará mais uma vez, pelo insucesso do aluno.

SOU UMA PROFESSORA QUE LUTA...
Luta dentro da sala de aula, com os alunos, para que eles não matem
uns aos outros.
Que luta contra seus próprios princípios de educação, ética e moral.

SOU UMA PROFESSORA QUE COMPREENDE...
Compreende que não vale a pena lutar contra as regras do sistema, ele
é sempre o lado mais forte.

SOU UMA PROFESSORA QUE CRITICA...
Critica a si mesmo por estar fazendo o papel de vários outros
profissionais como: psicólogo, médico, assistente social, mas não
consegue fazer o pró prio papel que é o de ensinar.

SOU UMA PROFESSORA QUE SONHA...
SONHA COM UM ALUNO INTERESSADO,
SONHA COM PAIS RESPONSÁVEIS,
SONHA COM UM SALÁRIO MELHOR, UM MUNDO MELHOR.

ENFIM, SOU UMA PROFESSORA QUE REPRESENTA...
Representa a classe mais desprestigiada e discriminada, e que é
incentivada a trabalhar só pelo amor à profissão.
Representa o fantoche nas mãos do sistema concordando com as falsas
metodologias de ensino.
E esse professor, que não sou eu mesmo, mas é uma outra pessoa,
representa tão bem, que só não trabalha como ator, porque já é
PROFESSOR e não dá para conciliar as duas coisas

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